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Notícia

Os Principais Indicadores de Investimento da Análise Financeira

Esse artigo aborda sobre os principais índices utilizados na análise das demonstrações contábeis de uma empresa, esses índices tem o objetivo de avaliar a situação econômica de uma empresa e fornecer informações importantes para a tomada de dec

Podemos facilmente perceber no nosso cenário econômico, uma postura das empresas, cada vez mais competitiva. Buscando sobreviver em mercado instável, onde apenas vender não é o bastante, é preciso oferecer valor.

Para isso, muitas empresas se utilizam de uma controladoria eficaz, capaz de gerenciar cada recurso investido, assim trabalham com redução de custos, planejamento administrativo, econômico e tributário, revisão de controle e da estrutura de produção, enfim é preciso gerenciar cada variável que interfere diretamente e indiretamente nas atividades da empresa.

É neste ambiente economicamente instável, onde vemos também a tecnologia mudando a maneira de empreender, e com a informação na palma da mão, que nos deparamos com um dos instrumentos mais importantes no processo de gerenciamento econômico-financeiro, e uma grande ferramenta de tomada de decisão, a análise das demonstrações contábeis, ou mais conhecida como análise financeira.

A análise das demonstrações contábeis de uma empresa, incide sobre os dados financeiros disponíveis nos relatórios contábeis, emitidos temporariamente. Os principais relatórios utilizados para a análise são o balanço patrimonial e a demonstração do resultado do exercício ou DRE. O objetivo é extrair informações dessas demonstrações para auxiliar os gestores ou investidores, na tomada de decisões.

Esse processo de obter informações sobre as demonstrações contábeis, tem o objetivo de avaliar a situação da empresa em todos os seus aspectos econômicos. Assim, podemos avaliar as decisões que foram tomadas pelos administradores na empresa, e detectar os pontos fortes e fracos do processo operacional da companhia. E com isso propor alternativas futuras para os gestores, fornecendo subsídios para o planejamento financeiro e a controladoria.

1. ÍNDICES DE LIQUIDEZ

Esses índices evidenciam a situação financeira da empresa, ou seja, a capacidade da empresa pagar suas dívidas.

Liquidez Corrente (LC) – Indica quanto a empresa possui em dinheiro e bens disponíveis, para pagar suas dívidas no curto prazo (próximo exercício). Basicamente, a interpretação desse índice é “quanto maior, melhor”. Porém, se analisarmos esse índice isoladamente, não poderemos afirmar se a liquidez corrente é boa ou ruim, já que tudo depende dos processos da empresa e do tipo de atividade exercida por ela.LC = AC / PC

LC = Liquidez corrente

AC = Ativo Circulante

PC = Passivo Circulante

Liquidez Seca (LS) – Indica quanto a empresa consegue pagar das suas dívidas desconsiderando os seus estoques, que podem ser obsoletos, não condizentes com a realidade dos saldos apresentados no balanço. Nesse caso, retira-se do ativo circulante a conta estoque.A interpretação do índice de liquidez seca é, “quanto maior, melhor”.

LS = (AC - Est) / PC

LS = Liquidez Seca

AC = Ativo Circulante

Est = Estoques

PC = Passivo Circulante

Liquidez Imediata (LI) – Este índice indica, em determinado momento, a capacidade de pagamento das dívidas da empresa de forma imediata. Quanto a empresa consegue pagar das suas dívidas, com o que possui em disponibilidades (caixa, banco e aplicações financeiras de liquidez imediata).

LI = Disponibilidades / PC

LI = Liquidez Imediata

PC = Passivo Circulante

Liquidez Geral (LG) – Indica quanto a empresa possui em dinheiro, bens e direitos realizáveis a curto e longo prazos, para pagar todas as suas dívidas (passivo exigível), caso a empresa fosse parar suas atividades naquele momento. A interpretação desse índice é no sentido de “quanto maior, melhor”, mantidos constantes os demais fatores.

LG= (AC + ANC) / (PC + PNC)

LG = Liquidez Geral

AC = Ativo Circulante

ANC = Ativo Não Circulante

PC = Passivo Circulante

PNC = Passivo Não Circulante

2. ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO

Esses índices apresentam as fontes de capitação de fundos, revela o grau de endividamento da empresa, e procura retratar a posição do capital próprio, o PL. O endividamento está relacionado as decisões estratégicas da empresa, envolvido nas decisões financeiras de investimentos, financiamento e distribuição de dividendos.

Participação de Capitais de Terceiros (PCT) - Este índice indica o percentual de capital de terceiros em relação ao patrimônio líquido, retratando a dependência da empresa em relação aos recursos externos. A interpretação isolada desse índice, cujo objetivo é avaliar o risco da empresa, é no sentido de que “quanto maior, pior”. Entretanto, para a empresa, pode ocorrer que o endividamento lhe permita meios de alcançar a competitividade no setor em que atua, obtendo melhores ganhos.

PCT= PL / (PC + PNC)

PCT = Participação de Capitais de Terceiros

PC = Passivo Circulante

PNC = Passivo Não Circulante

PL = Patrimônio Líquido

Composição do Endividamento (CE) – conforme afirma José Pereira da Silva em seu livro Análise financeira das empresas 10 ed. (2010, p. 267), a CE Indica quanto da dívida total da empresa deverá ser pago a Curto Prazo, isto é, as Obrigações a Curto Prazo comparadas com as obrigações totais. Podemos interpretar isoladamente esse índice como “quanto maior, pior”. Ou seja, se a dívida é muito elevada, e se está concentrada no curto prazo, a situação é extrema, pois percebemos uma pressão pela liquidação dos débitos.

CE= PC / (PC + PNC)

CE = Composição do Endividamento

PC = Passivo Circulante

PNC = Passivo Não Circulante

Imobilização do Patrimônio Líquido (IPL) – Esse índice indica quanto do Patrimônio Líquido da empresa está aplicado no Ativo Permanente, ou seja, o quanto do Ativo Permanente da empresa é financiado pelo seu Patrimônio Líquido, evidenciando, dessa forma, a maior ou menor dependência de recursos de terceiros para manutenção dos negócios.

IPL = AP / PL

AP = Ativo Permanente

PL = Patrimônio Líquido

3. ÍNDICES DE RENTABILIDADE

O lucro é o objetivo principal do empresário e uma maneira de avaliar um empreendimento. A avaliação do retorno financeiro da empresa objetiva evidenciar a rentabilidade sobre o capital investido e verificar se a empresa está obtendo sucesso econômico.

Retorno sobre Investimento (ROI) – Do inglês Return on investment, também conhecido como taxa de retorno, indica o lucro que a empresa propicia em relação aos investimentos. Ou seja, é a relação entre a quantidade de dinheiro investido em uma empresa e a quantidade de dinheiro ganho. O ROI determina o retorno lucrativo (ou não) que uma determinada empresa pode gerar. ROI= LL / (AC + ANC)

ROI = Retorno sobre Investimento

LL = Lucro líquido

AC = Ativo Circulante

ANC = Ativo Não Circulante

Retorno sobre o Patrimônio (ROE) – Do inglês Return On Equity, o ROE é um índice que mede quanto de lucro uma empresa gera em relação aos investimentos dos acionistas ou proprietários da empresa. O ROE mede a capacidade de rentabilidade de uma empresa. O lucro é o objetivo do investidor pelo risco do negócio. Assim, quanto maior o retorno, melhor.

ROE = LL / PL

ROE = Retorno sobre o Patrimônio Líquido

LL = Lucro líquido

PL = Patrimônio Líquido

CONCLUSÃO

Podemos perceber o quanto é importante conhecer os principais indicadores financeiros para a análise, antes de qualquer planejamento, investimento e tomada de decisões dentro de uma organização. Porém, analisar isoladamente os índices pode causar equívocos quanto a sua interpretação, assim é preciso conhecer profundamente sobre a atividade da empresa e sobre os motivos que levaram aos saldos apresentados nos relatórios contábeis.

Nesse pequeno artigo, busco apresentar os indicadores financeiros e contábeis mais relevantes, sendo necessário dizer que existem vários outros indicadores e formulas, além do que, é necessário fazer um estudo aprofundado em cada segmento dos indicadores, e conhecer o que causa as suas variações.

Rondivangues Ferreira da Silva

Assistente Contabilidade

Estudante do 7º período de contabilidade e um entusiasta do setor. Já desenvolveu modelos de negócios voltados para a contabilidade online e para Startups. Além disso, é autor de vários textos no blog do NIBO que auxiliam contadores e administradores no Brasil.